Monday, December 28, 2009

Speak Japanese ? No ? Just enjoy anyway!

Sejam bem-vindos ao Shibuya-kei, um estilo musical oriundo de um distrito de Tokyo, que desagua numa mistura algo esquizofrénica entre o jazz, o pop e o electropop. Os Pizzicato Five, que, após diversas incarnações, surgem aqui como duo, são um dos fundadores do estilo. Infelizmente o grupo acabou em 2001, mas isso não significa que não tenham deixado um legado deveras curioso.

O título do post reflecte a minha ambivalência perante os Pizzicato Five: por um lado a sonoridade kitsch-pop é contagiante e convida à festa entre amigos, por outro, além da cultura ser diferente, existe a barreira da língua que não nos deixa alcançar toda a gama de emoções que eles pretendem transmitir - fica como que um vazio por preencher - deixando-me também algo frustrado por não descortinar o sentido de algumas repetições que se tornam... repetitivas - perceber o significado poderia eventualmente atenuar essa sensação - veja-se a título de exemplo a faixa que dá nome ao álbum Playboy & Playgirl de 1998, embora se lhes perceba a ironia e o sentido de humor no estilo.

O contacto directo que tive com os Pizzicato Five foi justamente com o álbum "Playboy & Playgirl", e, se a memória não me falha, comprei-o no ano em que saiu ou no ano seguinte, fruto da minha proveitosa aprendizagem sobre diversas bandas e estilos pelos canais sobre música do IRC da época. Infelizmente vendi o álbum passados uns anos. Talvez devido à ambivalência que citei acima, mas as emoções que a música me despertava resultou nisso. Talvez o compre novamente. Acham que vale ? Ou devo tirar um curso de japonês primeiro ?

A minha primeira recomendação é a faixa "La Régle du Jeu" desse álbum:

 



Outras recomendações:

A New Song
  - Playboy & Playgirl, 1998

Baby Portable Rock
  - Happy End of the World, 1997

2 comments:

Guida Palhota said...

Olá, Meireles!

Comprei umas aulitas de japonês, para ver se conseguia atingir a gama de emoções que estes lingrinhas poderão transmitir, mas continuei na mesma...
Não sei que faça. Só me ocorre o "Non-stop Dancing", do James Last, que os meus pais ouviam quando eu era adolescente e a que chamavam música ligeira. E, curiosamente, a ligeireza que sinto nesta música é ainda mais ligeira do que a de então - não entra.
Arranjava-se, contudo, aqui alguma base para uma coreografia de número de fogo de conselho, para os escuteiros. A trabalhar, claro!
;-)

Aníbal Meireles said...

Guida: fui ouvir o James Last, que conhecia por alto, e em concreto esta o Non-stop dancing, e devo dizer-te que percebo onde queres chegar e alcanço a matriz comum na comparação.

Mas, talvez por razões de "o que é que ouvimos primeiro e quando", eu prefiro de longe os P5.

Diria ainda mais: denoto uma certa melancolia nos P5, e denoto a mesma melancolia no Non-stop Dancing, um certo vazio.

Acho que foi por isso que vendi o álbum, apesar de lhes achar alguma graça (aos P5).

Beijos