Wednesday, December 23, 2009

O perfeito vagabundo

Se o pudesse resumir numa expressão era esta. Dos problemas de alcoolismo do início da carreira e de algumas drogas pelo meio, fica apenas o que parece ser um estilo de bêbado em palco, mas que o torna único. Um bom rebelde, bem vivido.

Com temas mundialmente conhecidos como "Up where we belong" do filme "Oficial e Cavalheiro" e "You can leave your hat on" do filme "9 semanas e meia", a voz rouca e uma escolha acertada de covers como "With a little help from my friends" dos Beatles, entre outras desta banda, "Unchain my heart", interpretada duas décadas antes por Ray Charles, ou "Summer in the City" dos Lovin' Spoonful, a carreira do Joe Cocker pauta-se pelo bom gosto em ritmo de passeio pelo Blues-Rock.

As memórias que tenho do Joe Cocker são relativamente recentes, não indo além dos anos noventa - nem para trás nem para a frente.

Não assisti portanto ao concerto que ele deu no Woodstock original em 1969, e até duvido que os meus pais se conhecessem nessa data! Não sou portanto, por impossibilidade física, um seguidor desde o ínicio e, por ter seguido outros rumos entretanto, também me perdi um pouco do que ele anda a fazer. Mas nada como recordar agora para amanhã ir investigar isso mesmo.

Mas falemos de música: o primeiro destaque vai para uma faixa do álbum de 1994, "Have a little faith". Apesar de ter sido comercialmente um pequeno flop, o álbum vale uma audição, especialmente a primeira parte bastante inspirada. Até porque, muitos bons álbuns não têm o devido reconhecimento na altura em que saem e têm-no anos mais tarde.

Vamos ao que interessa: o meu destaque vai para a primeira faixa do álbum: Let the Healing Begin




Outras recomendações:

- Now that the magic has gone

- O dueto com Jennifer Warner: Up where we belong

6 comments:

Vítor said...

de onde transmite esta "Rádio Liberdade"?
Certamente não de Argel (a voz do locutor não me parece a do Manuel Alegre).
Agora, a sério...
Parabéns pela tua nova iniciativa. Auguro-lhe uma longa vida, recheada de momentos inesquecíveis!
Felicito-te igualmente pela primeira escolha: Joe Cocker merece, como diria a Lady Godiva n'"Os Mestres & As Criaturas Novas", a etiqueta de 'mestre'. É um clássico, não só por ter classe, mas também por ser invulnerável à corrosão do tempo.
Venha mais!

Lady Godiva said...

Olá, malta da rádio!

Que bom ter uma nova estação para conhecer, mormente por ser em FM (Frequência de Mestres)!

Boa escolha a do primeiro artista, que me enche o ouvido em muitos dos seus temas, com o calor rouco da sua voz. (O "dueto", por acaso, não me convence, mas o tema do chapéu... E outros!)

Parabéns ao locutor, cujo timbre é perfeito para enebriar os ouvintes.

A julgar pela primeira impressão, parece-me que serei ouvinte assídua desta rádio com imagens em movimento.

Break a leg!

Aníbal Meireles said...

Vítor e Lady: sejam bem-vindos, ainda bem que gostaram da primeira escolha! Obrigado pelo incentivo! Confesso que foi uma escolha feliz que me aconteceu, dado que me cruzei com os CD's do Joe Cocker durante as arrumações cá em casa, e há que tempos eu não ouvia um CD dele!

Vítor: o locutor apenas escreve, não tenciono falar de viva voz nesta rádio, para bem da sanidade dos ouvintes (não é que eu não tenha uma voz bonita lol, é mais pelo conteúdo esquizofrénico que poderia sair :D). E o Manuel Alegre é assim a modos que uma pessoa um pouco calculista sem o dizer. Ora, eu sou o contrário, digo que sou calculista e os posts aparecem nos dias X e Y e depois népia LOL!

Lady: muito me aparaz saber que achas que tenho um timbre enebriante, espero manter o nível!

Aníbal Meireles said...

Beijos e abraços para os dois, claro!

Vítor said...

Desculpa a comparação com o Manuel Alegre. Não te quis comparar com este que conheces mas com um outro que ainda conheci, o da "voz de Argel", o que dizia o que não se podia ouvir. Parvoíces minhas que o subconsciente faz prevalecer!...

Abraço e boas entradas!

Aníbal Meireles said...

Vítor, se bem sei, estamos a falar da mesma pessoa.. o que tu quererás dizer é que já não estamos a falar da mesma pessoa tal como ela era dantes e é agora.. é não é ? Pois, é, nesse caso é isso mesmo que disseste! E mesmo assim não sei não... tenho cá uma ideia que era capaz de já ter assim um lado escuro o senhor..

Abraço!